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Comprar ou alugar um imóvel: o que vale mais a pena com os atuais juros?

Postada em 21/10/2025 às 13:17:16
Comprar ou alugar um imóvel: o que vale mais a pena com os atuais juros?
COMPRAR OU ALUGAR UM IMÓVEL

Comprar ou alugar um imóvel: o que vale mais a pena com os atuais juros?

Com a taxa Selic mantida em 15% ao ano e o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário anunciado pelo governo, muitos brasileiros se perguntam: vale mais a pena comprar um imóvel agora ou continuar no aluguel e esperar novas reduções nas taxas?

A resposta não é simples.

A decisão depende do perfil financeiro, dos objetivos pessoais e do momento de vida de cada um além, claro, do cenário econômico e das recentes mudanças nas regras do crédito imobiliário.

Entendendo o cenário atual

Com as mudanças do governo no crédito imobiliário, o mercado imobiliário passa por um novo ciclo

Entre as principais medidas estão:o aumento do teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões;

a modernização das regras de uso da poupança e do FGTS para financiar imóveis;

e a retomada dos financiamentos de até 80% do valor do imóvel pela Caixa Econômica Federal.

Essas ações têm como objetivo ampliar o acesso ao crédito habitacional, especialmente para famílias de renda intermediária, e estimular o setor da construção civil.

O momento, portanto, abre novas oportunidades para quem deseja comprar, mas também exige planejamento e análise financeira criteriosa.

Quando vale a pena comprar um imóvel

Quem tem urgência como famílias que precisam sair do aluguel, mudar de cidade ou iniciar uma nova fase da vida pode se beneficiar das condições atuais de financiamento.

Mesmo com juros elevados, garantir o imóvel desejado hoje pode ser vantajoso, principalmente se houver possibilidade de amortizar parcelas ou realizar portabilidade de crédito no futuro, caso as taxas caiam.

Além disso, o imóvel próprio é um investimento de longo prazo. As parcelas pagas se transformam em patrimônio, e a tendência de valorização imobiliária pode gerar ganhos adicionais no futuro.

Vantagens de financiar agora:

Possibilidade de valorização do imóvel no médio prazo;

Fim do aluguel e início de um investimento próprio;
Chance de renegociar taxas no futuro;

Condições facilitadas em programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, que mantém juros subsidiados.
Desvantagens:

Parcelas iniciais mais altas;

Custo total do financiamento elevado;

Menor poder de compra com a mesma renda.

Quando pode ser melhor esperar

Quem não tem pressa pode se beneficiar ao aguardar uma redução da Selic movimento que especialistas acreditam ser mais provável a partir de 2026.

Com juros menores, os financiamentos tendem a ficar mais acessíveis, especialmente os atrelados à Taxa Referencial (TR).

Além disso, esperar permite juntar uma entrada maior, reduzindo o valor financiado e o custo total do crédito.

Vantagens de esperar:

Juros potencialmente menores no futuro;

Melhores condições de negociação;

Tempo para economizar e planejar.

Desvantagens:

Risco de valorização dos imóveis e aumento de preços;

Menor oferta de unidades em determinados segmentos;

Continuidade do pagamento do aluguel.

O impacto das novas regras de crédito imobiliário

As recentes mudanças no crédito imobiliário também afetam o custo de construção e o preço final dos imóveis.

Com mais recursos disponíveis e incentivo à concorrência entre bancos, a expectativa é de que o crédito fique mais acessível gradualmente e impulsione novos empreendimentos.

Já o programa Minha Casa, Minha Vida, que utiliza recursos do FGTS, tende a ser menos afetado pela Selic e segue como uma boa alternativa para famílias de baixa renda, mantendo juros reduzidos e prazos longos.

Na hora de financiar, o comprador deve observar com atenção:

as taxas de juros aplicadas;

os seguros obrigatórios;

o tipo de amortização (SAC ou Price);

e o impacto do INCC em imóveis na planta.

E para quem quer investir?

Quem pensa em comprar para investir deve avaliar com cuidado a rentabilidade do aluguel e a valorização da região.

Em locais com alta demanda e pouca oferta, o retorno tende a ser mais rápido.

Já em áreas com muitos imóveis disponíveis, o ganho pode demorar mais a aparecer.

Vale comparar o retorno do aluguel com o rendimento de outras aplicações financeiras e analisar o potencial de valorização do imóvel ao longo dos anos.

A escolha entre comprar ou alugar vai além das taxas de juros.

Depende da estabilidade financeira, dos planos de longo prazo e da capacidade de arcar com as parcelas do financiamento.

Se o valor da parcela for semelhante ao aluguel e houver estabilidade de renda, comprar pode ser uma excelente decisão. Mas se o orçamento ainda é apertado, aguardar pode permitir uma compra mais segura e vantajosa no futuro.

O essencial é planejar bem, entender as novas regras do crédito imobiliário e buscar orientação especializada antes de tomar uma decisão que pode mudar sua vida e seu patrimônio.


 

 

Fonte: MERCADO IMOBILIÁRIO

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