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Nova lei pode acabar com a herança de cônjuges no Brasil

Postada em 16/03/2025 às 21:36:39
Nova lei pode acabar com a herança de cônjuges no Brasil
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No final de janeiro de 2025, começou a tramitar no Senado uma proposta de reforma do Código Civil brasileiro que pode impactar diretamente a sucessão de patrimônios e, consequentemente, o mercado imobiliário.

O projeto de lei (PL nº 4/2025), apresentado pelo então presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSG-MG), propõe mudanças significativas na forma como a herança é distribuída, especialmente em relação aos cônjuges.Principais Mudanças e Seus Efeitos


Caso aprovado, o projeto revoga a regra atual, que considera o cônjuge como "herdeiro necessário".

Com a mudança, ele só terá direito à herança caso não haja descendentes (filhos, netos) ou ascendentes (pais, avós).

Essa alteração representa um retorno à legislação vigente até 2002, quando os cônjuges não eram automaticamente incluídos na sucessão de bens.

No regime de separação total de bens, o cônjuge sobrevivente pode ficar sem nada, pois não concorrerá com os filhos ou pais do falecido.

No regime de comunhão parcial ou total, o direito à meação (metade dos bens adquiridos durante o casamento) permanece garantido.

Outra mudança relevante é a possibilidade de excluir da herança filhos e cônjuges que tenham abandonado o falecido, não prestado assistência material ou cometido abandono afetivo injustificado.

Além disso, o projeto permite a destinação de até um quarto da herança a descendentes ou ascendentes considerados "vulneráveis ou hipossuficientes".

Impactos no Mercado Imobiliário

Maior flexibilidade no planejamento patrimonial: Proprietários de imóveis poderão definir livremente quem receberá seus bens, incentivando o uso de testamentos e do planejamento sucessório.

Aumento da demanda por consultoria jurídica e planejamento sucessório: Com a nova legislação, espera-se um crescimento no número de indivíduos buscando orientação para evitar conflitos familiares.

Possíveis disputas judiciais e demora nos inventários: Como a nova lei permite mais subjetividade na distribuição dos bens, há chance de aumento no número de litígios, o que pode retardar a negociação de imóveis herdados.

Mudança no perfil dos compradores: Viúvos que não herdarem bens podem precisar adquirir novos imóveis, impulsionando o setor imobiliário.
Impacto nas heranças imobiliárias:

Famílias que antes contavam com a divisão automática dos bens entre cônjuges precisarão se adaptar às novas regras, podendo impactar a venda de imóveis em inventário.

A proposta de reforma do Código Civil traz mudanças relevantes que impactam diretamente o mercado imobiliário.

O fim da herança obrigatória para cônjuges pode transformar a dinâmica de planejamento patrimonial no Brasil, incentivando a adoção de testamentos e acordos pré-nupciais.

Ao mesmo tempo, a nova legislação pode gerar um aumento na demanda por assessoria jurídica e possíveis disputas familiares, retardando a transmissão de bens.

Fonte: MERCADO IMOBILIÁRIO

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